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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

HISTORINHAS EXEMPLARES – 2: PIPOCA DE RUA

O PIPOQUEIRO DO CINEMA BELAS ARTES




O cinema Belas Artes era considerado símbolo do cinema de arte em São Paulo, um cinema de rua, entre duas movimentadas avenidas a Paulista e a Consolação.

Fundado em 1943, se transformou em reduto do cinema de arte no final da década de 1960 e manteve esse espírito ao longo dos anos, inclusive quando foi reaberto em 1983, com seis salas – era o primeiro multiplex brasileiro. Infelizmente depois de 68 anos de existência o cinema foi fechado devido a uma crise financeira e falta de patrocinadores. Hoje aguarda um possível tombamento do seu prédio que foi símbolo do cinema alternativo da cidade.

Muitas vezes fui ao Belas Artes e sempre estava lá o pipoqueiro, o perfume da pipoca era quase irresistível e muitos caíam de boca na pipoca doce ou salgada oferecida por ele.

Afinal, cinema e pipoca é a tradição.

Sempre olhei com desconfiança para esse pipoqueiro que,com seu carrinho na rua, fazia a alegria dos cinéfilos.

A condição de higiene sempre deixava a desejar, era um ambulante que trabalha com alimentos, sem água corrente, quer dizer, é impossível para ele lavar as mãos e utensílios utilizados, fora a frenética troca de bactérias entre as notas de dinheiro e os saquinhos de pipoca.

Mas o pior ainda estava por vir: era verão e fazia muito calor. De repente começou a chover, chuva passageira, mas muito forte.

As pessoas procuraram abrigo e o pipoqueiro com seu carrinho continuou na calçada, no meio da chuva, aguardando seus clientes.

Passada a tempestade o pipoqueiro, foi secar seu carrinho: sacou um pano imundo, passou na parte de cima, laterais e rodas, e logo em seguida na panela de pipoca!

Já com a panela seca, começou a fazer mais pipocas.

Pipoqueiro de rua, nem pensar!

Selene Gallucci Sidney

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