Se "eles" - os poderosos da indústria alimentícia - tivessem um pouco mais de ÉTICA e de RESPEITO ao consumidor, não seria preciso criar REGRAS DE RECALL!
Bastava terem TRANSPARÊNCIA, para comunicar com HONESTIDADE problemas que ocorrem.
Bastava terem RESPEITO AO CONSUMIDOR: ao detectar problemas na produção (sejam quais forem), não ficarem dando DESCULPAS, mas tomarem medidas simples e HONESTAS, como:
- suspender a linha de produção imediatamente;
- comunicar ao público o que está realmente acontecendo, sem medo de meias palavras (o consumidor não é burro, compreende quando há clareza e honestidade);
- retirar dos pontos de venda todo o lote com problema, imediatamente;
- avisar imediatamente as autoridades competentes;
- solicitar fiscalização oficial ou auditoria independente (ou ambas, conforme o caso) para avaliar o problema, propor medidas e acompanhar a solução do problema, de forma transparente para o público.
SE ISSO OCORRESSE, NÃO PRECISARIAM DE MEDIDAS EXTREMAS DE CONTROLE - QUE SÃO BEM VINDAS E DEVEM SER O MAIS RÍGIDAS POSSÍVEL!
Acompanhem a reportagem abaixo:
ANVISA
VAI CRIAR REGRAS PARA RECALL DE ALIMENTOS
Agência
estabelecerá prazos para retirada de produto do mercado e comunicação ao
público
12
de abril de 2013 | 2h 04
BRASÍLIA
- A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai regulamentar o recall
de produtos alimentícios no País. O texto que servirá de base para a resolução
obriga as empresas a comunicarem ao órgão problemas constatados em seus
produtos e dá poderes para que a agência aponte prazos para o recolhimento de
alimentos e a forma como a companhia deverá informar problemas para os
consumidores.
"A
Anvisa não dispõe no momento de instrumentos necessários para garantir que a
empresa comunique a população sobre eventuais problemas com alimentos",
afirma o diretor da agência, José Agenor Álvares.
No
caso da recente contaminação do suco Ades, a Unilever não era obrigada a
informar a agência sobre o desvio de produção. "Não fomos comunicados. A
informação foi dada num primeiro momento para o Departamento de Proteção de
Defesa do Consumidor", contou Álvares.
No
fim de fevereiro, uma falha em uma das 11 linhas da fábrica de Pouso Alegre da
Unilever fez com que 96 embalagens de 1,5 litro do suco de maçã Ades fossem
envasadas com soda cáustica e água. Quando ingerido, o líquido provoca
queimaduras.
A
agência ficou sabendo do problema por meio da imprensa. "O episódio
reforçou a necessidade de regras claras para os casos de desvios de
produção", disse Álvares, que estuda estender a iniciativa a outros
produtos regulados pela agência.
Pelo
menos 14 pessoas entraram em contato com a fabricante relatando problemas
provocados pelo consumo do produto. Para Álvares, a forma como a população foi
informada sobre a contaminação também deixou a desejar. "Daí a importância
de a Anvisa verificar também a forma como as informações são prestadas à
comunidade."
Cronograma.
A minuta da proposta será apresentada na próxima reunião da Diretoria Colegiada
da Anvisa, programada para terça. O texto, depois de aprovado pela diretoria e
pela consultoria jurídica da agência, vai para consulta pública. A expectativa
é de que o texto final seja publicado em até quatro meses.
O
diretor da agência defendeu também a definição de mecanismos para garantir que
o recolhimento do produto seja feito de forma adequada, num prazo razoável.
"Não vamos delimitar um período. Isso vai depender de cada caso, mas é
preciso que haja regras. O objetivo é que produtos sejam retirados o mais
rapidamente possível."
O
texto também prevê punições em caso de desrespeito. Os mecanismos existentes
hoje permitem que as multas cheguem a R$ 1,5 milhão. Na reunião de terça-feira
também será discutida uma proposta de resolução com regras para regulamentar o
acesso e o fornecimento de remédios em investigação clínica.
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