RESPEITO AO CONSUMIDOR!

Não queremos DESCULPAS!
Não aceitamos o SUBORNO de troca de mercadoria!
QUEREMOS RESPEITO, para não continuarmos a comer comida podre, com bichos, com cocô!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

RESPEITO SE CONQUISTA COM QUALIDADE, NÃO COM PROPAGANDA







Olha aí: a Friboi, que vem gastando os tubos para firmar sua marca no mercado, escorrega no item respeito ao consumidor.

E as desculpas são sempre as mesmas: cumprimos todas as exigências etc. etc. etc.

E mais: querem sempre trocar o produto por um presente, um mimo, como forma de enganar o consumidor.

Não queremos desculpa. Queremos RESPEITO.

E RESPEITO significa:

1. assumir o erro;

2. melhorar os processos de produção;

3. fiscalizar, fiscalizar e fiscalizar: fornecedores, linha de produção, distribuidores - porque TODOS, absolutamente TODOS, são de responsabilidade da indústria, sem transferência de culpas;

4. pedir desculpas ao consumidor e não tentar chantageá-lo com mimos e presentes.

Indústria de alimentos não pode cometer erros. Então, não há desculpa. Se o consumidor denunciar sempre e não aceitar o suborno, eles vão ter que melhorar seus processos de produção, para que não tenhamos comida com cocô em nossos pratos.

Leiam a reportagem seguinte, e tirem suas conclusões:

  
17/6/2013 às 10h52 (Atualizado em 17/6/2013 às 11h02)


CONSUMIDOR COMPRA CARNE DE BOI COM VERMES NO ENTORNO DO DF



Produto estava embalado a vácuo, armazenado em freezer e dentro do prazo de validade

O consumidor Ricardo Fernandes Castro Costa comprou no dia 16 de abril uma carne da Friboi em um supermercado de Valparaíso de Goiás, região do Entorno do DF, cidade onde mora com a família. Ele disse que quando foi preparar o alimento para o almoço, dois dias depois, encontrou vários vermes "como recheio".  

Costa explicou que é bastante criterioso nas compras e sempre olha a cor, o estado e a validade das carnes antes de comprá-las, mas garante que dessa vez foi "enganado".  

— Na embalagem constava a informação de que a validade do produto era até o dia 25 de maio. A carne estava bem embalada a vácuo, no freezer, com uma cor ótima e sem cheiro, mas quando a preparei, no dia 18 de abril, veio a surpresa desagradável: vários vermes dentro dela.  

A filha e a mulher do consumidor também viram os parasitas e passaram mal.   

— Fiquei constrangido na frente da minha filha, que teve ânsia. Minha mulher chegou a vomitar e eu fiquei com muito nojo. Fui enganado por aquela propaganda de que as carnes dessa marca passam por um rigoroso controle de qualidade. Eles não vendem carnes próprias para consumo.  

O consumidor explicou que comprou por duas vezes as carnes da Friboi, mas que em ambas as situações passou por momentos desagradáveis. Na primeira vez, ele teria levado uma carne podre para casa.  
Depois de identificar os vermes no produto, Costa entrou em contato com a Friboi por meio do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), mas sem sucesso. Insatisfeito, ele decidiu usar o perfil da empresa no Facebook para fazer a denúncia, enviando uma mensagem privada com a foto dos parasitas.  
No dia seguinte, recebeu a resposta informando que a carne poderia ser trocada por um kit.  
— Eles entraram em contato e disseram que me dariam bolsa térmica com um kit de feijoada. Não aceitei, porque na minha casa não entra mais nada da Friboi. Eu já fiz a denúncia no Ministério da Agricultura, na Anvisa e na Vigilância Sanitária.   

Costa disse que também ficou surpreso com a quantidade de reclamações de outros consumidores feitas contra a marca em sites especializados na internet. Ele relatou que ao denunciar no Reclame Aqui!, notou que outras pessoas também encontraram "coisas estranhas" nas carnes fornecidas pela empresa.  

— Já encontraram cabelos humanos, moscas varejeiras, tumores e até pus nas carnes embaladas a vácuo. Tais fatos jamais poderiam acontecer, porque é a saúde do consumidor que está em jogo. Se eu não tivesse visto, teria comido aqueles vermes e poderia ter causado danos sérios à minha saúde e à da minha família.  

A empresa chegou a fazer outros contatos por telefone com o consumidor e admitiu em uma das conversas que o o parasita na verdade tratava-se de "cisticercose", um verme que geralmente é provocado durante a vacinação do gado e que pode ser letal à saúde humana.  
Em outra conversa, a atendente da empresa disse ao consumidor que precisaria recolher a carne da casa dele para analisar o que de fato havia acontecido, mas teve a proposta negada.  

— Como vou provar se eles pegarem a carne? Eles vão dizer que está tudo em ordem e dar um sumiço nela. O produto está na minha casa, congelado, e se o Ministério da Agricultura, Anvisa ou Vigilância Sanitária quiser, poderá pegar, mas a Friboi não.  

Em nota, a JBS Friboi disse que recebeu a manifestação do consumidor no dia 23 de abril e que com as informações repassadas o caso foi enviado aos setores responsáveis para analisar e investigar a procedência dos fatos.  

A empresa também garantiu que especialistas internos analisaram o suposto corpo estranho por foto e não evidenciaram contaminação do produto durante o processo produtivo, uma vez que apenas pelas imagens não é possível fazer as análises laboratoriais necessárias para identificação do que realmente se trata, mas que chegou a oferecer a devolução do valor pago pelo produto para não deixar o consumidor com prejuízo, mas sem sucesso também.  

A nota é concluída com a JBS Friboi afirmando que fez tudo o que estava ao alcance, inclusive cumprindo todas as exigências do Código de Defesa do Consumidor para tentar resolver o problema e não deixá-lo sem informações ou prejuízo financeiro.  


segunda-feira, 15 de julho de 2013

VOLTANDO AO CASO DO TODDYNHO COM SODA CÁUSTICA



Recebemos hoje um e-mail de um leitor sugerindo o texto abaixo, a respeito da matéria do Toddynho com soda cáustica.

Como a finalidade desse blog é alertar e esclarecer, julgamos interessante chamar a atenção de nossos leitores para o artigo sugerido, porque, salvo o fato de o articulista estar defendendo a sua categoria (engenheiro de alimentos) - e estar desempregado (esperemos que por pouco tempo), concordamos com o que ele diz, e mantemos nossa posição:



- nunca aceitar substituição do alimento "com cocô" (estragado etc), mas botar a boca no trombone, isto é, denunciar: à polícia, às redes sociais, aos amigos etc.

- que a indústria de alimentos não pode ter falhas e, se o que aconteceu com o Toddynho é isso mesmo que diz o artigo, isso só corrobora a nossa birra: que eles não podem deixar de ter controle total e absoluto sobre todos os processos, desde os fornecedores até os distribuidores, incluindo aí, é claro, treinamento e fiscalização dos funcionários, para evitar "falhas humanas", que é sempre uma boa desculpa - se o funcionário "falha" é porque houve alguma falha no processo de industrialização - de gerência, de fiscalização, dos recursos humanos etc., não importa, é problema da indústria. O consumidor não tem nada com isso, não pode pagar por isso.


Então, leia o artigo. É esclarecedor:


RECENTES CASOS DE BEBIDAS CONTENDO SODA CÁUSTICA

18 de março de 2013

Fonte:



O post de hoje vai ser um bem diferente do usual do blog. Se vocês estão esperando o esclarecimento de algum mito ou boato sobre alimentos, aguardem até a próxima publicação.
Recentemente, tivemos alguns casos na mídia de bebidas que foram envasadas com soluções de limpeza contendo NaOH (soda cáustica) e outros produtos danosos à saúde. 

Os mais famosos foram o caso do Toddynho:

e do Ades 


Esses casos assustaram bastante principalmente pelo principal público-alvo dos dois produtos: crianças (Toddynho) e idosos (Ades). Fiquem tranquilos que dessa vez o comentário não será favorável às empresas, muito pelo contrário. Só vou esclarecer primeiro as principais causas da contaminação para depois expressar meu manifesto sobre o assunto:

O fato é que o NaOH não é utilizado como ingrediente, aditivo ou coadjuvante na produção das bebidas citadas (se é que o seja para algum alimento em absoluto*). Diferentemente do que vi em alguns comentários por aí, essas indústrias não utilizam o composto para evitar a formação de natas no produto nem como antimicrobiano ou conservante, já que seu uso para esses fins não é permitido pela Anvisa. A soda cáustica é, na verdade, muito empregada (por seu baixo custo e alta eficiência) como um dos agentes nas soluções de limpeza das linhas de envase, agindo principalmente para remover certas substâncias que não são solúveis em água, como lipídeos.
No caso das grandes empresas (que com certeza incluem a PepsiCo e a Unilever – produtoras do Toddynho e do Ades, respectivamente) costuma-se utilizar um sistema de limpeza chamado CIP – “cleaning in place”. Simplificando, o método funciona mais ou menos assim: corta-se a alimentação dos ingredientes, que é substituída por diversas soluções de limpeza e desinfecção (ácidos, bases, clorados, etc), mantendo as linhas de produção e envase funcionando normalmente, e descartando-se o resultado. Dessa forma, tem-se uma limpeza contínua, rápida e prática, já que podemos limpar diversos equipamentos (tubulações, válvulas, trocadores de calor, bombas, etc) sem a necessidade de desmontar toda a estrutura. Após as soluções, a linha é alimentada com água até que o resultado final seja 100% água (enxágue), para depois poder processar os ingredientes para a próxima produção (lembrando de descartar os primeiros produtos, que saem “aguados”).

A implementação, manutenção e funcionamento de um sistema CIP requerem inúmeros controles (tanto automáticos quanto manuais) justamente para evitar contato das soluções de limpeza e desinfecção com o produto em processamento. Por isso que, quando nos deparamos com uma notícia desse tipo, o problema geralmente está associado a uma única linha de produção e provavelmente atrelado à falha humana.

Além disso, como a produção nessas linhas é muito rápida, é comum que sejam produzidos milhares de litros antes que o problema seja identificado, os quais podem chegar a ser comercializados. Lembrando que as análises de rotina nas empresas nem sempre são capazes de identificar a mistura de soluções de limpeza em suas bebidas, já que isso não faz parte de seus objetivos. Nesses casos, é importante que a empresa tenha um bom sistema de rastreabilidade, para que seja capaz de identificar quais os lotes com problema que devem ser recolhidos – o chamado recall.

Por mais que uma concentração de 2,5% de NaOH possa parecer pouco, já é suficiente para causar graves problemas de saúde. A soda de fato será neutralizada pelos ácidos do estômago, mas até lá (boca, faringe, esôfago) o estrago pode ser grande, causando queimaduras, irritação, ânsias e/ou enjoos. Por isso,quem ingeriu as bebidas dos lotes contaminados deve procurar ajuda médica imediatamente – além de, é claro, procurar na justiça uma indenização por parte da empresa. E quem comprou produtos, mas não chegou a consumir, deve comunicar à empresa para que, no mínimo, efetue a troca.

Agora, queria deixar aqui um desabafo. Como recém-formado e desempregado, eu percebo uma grande desvalorização do profissional engenheiro de alimentos por parte do mercado. Muitas empresas preferem contratar tecnólogos, agrônomos, nutricionistas, veterinários, farmacêuticos, biólogos, químicos ou engenheiros de outras especialidades (mecânicos, agrícolas, de produção, etc), como responsáveis pelo processamento, segurança e qualidade de alimentos em suas indústrias. Não desmerecendo essas profissões, mas em geral os mesmos não estão qualificados para lidar com a complexidade de certas áreas da indústria de alimentos. Talvez se essas empresas passassem a valorizar mais a nossa classe, não teríamos que nos deparar, com tanta frequência, com notícias como as duas acima.


*Correção: existem alguns poucos produtos que empregam soda cáustica em parte de seu processamento, como no descascamento de alguns vegetais e na produção de extrato de levedura. Sempre com o cuidado de que não pode sobrar NaOH residual no produto final.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

PROCON DETERMINA RECOLHIMENTO DE MACARRÃO COM INSETOS



Gabriela Vieira        
Agência Estado
Quarta-feira, 03 de julho de 2013, 17:42



O Procon- RJ determinou à indústria Nissin-Ajinomoto Alimentos a retirada do mercado do Rio de Janeiro de um lote do macarrão instantâneo Cup Noodles, em razão de denúncia de três consumidoras, que encontraram insetos e larvas em um dos copos do produto, sabor galinha caipira. Em nota, o Procon-RJ informa o lote do produto: D0892.



Simone Alencar, Keren Klayanne e Vanessa Fiedler fizeram a denúncia pessoalmente na
Secretaria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor(Seprocon) nessa terça-feira, 2. A denúncia foi encaminhada ao Procon, que notificou a empresa. Uma amostra do produto também foi encaminhada para a Delegacia do Consumidor, onde será realizada perícia e, possivelmente, instaurado um procedimento criminal.



"Eu que comi primeiro e não vi nada. A minha amiga que deu a segunda garfada foi quem percebeu. Quando puxamos o garfo veio muita larva. O produto estava absolutamente lacrado, não tinha perfurações no copo ou no plástico. Então, deduzi que os insetos tinham vindo da fábrica", relatou Simone ao Procon. 



Em seu perfil no Facebook, Keren postou uma foto do macarrão, onde é possível ver os insetos. Segunda ela, as consumidoras tentaram um contato com a empresa por telefone, mas a fabricante teria se oferecido apenas para trocar o produto. O Procon-RJ realiza nesta quarta-feira, 3, inspeção em pontos de venda para verificar se a determinação foi cumprida. 



Em nota, a Nissin-Ajinomoto Alimentos Ltda informou que tomou todas as providências necessárias para investigar a reclamação. "Ressaltamos que a Nissin-Ajinomoto respeita e segue rigorosamente a legislação da Vigilância Sanitária no que dispõe às Boas Práticas de Fabricação e Comercialização", diz a nota. A empresa informou ainda que as "unidades fabris atendem a rigorosos padrões de qualidade desde a seleção dos fornecedores até a distribuição dos nossos produtos" e se colocou à disposição para esclarecimentos.

COMENTÁRIOS DO BLOG:

Mais uma palhaçada da "indústria de alimentos":

  • eles sempre cumprem todas as regras da legislação em vigor;
  • eles sempre têm rigorosos padrões de qualidade;
  • eles sempre selecionam com rigor seus fornecedores;
  • eles sempre se colocam à disposição para esclarecimentos.


OS CONSUMIDORES NÃO QUEREM DESCULPAS ESFARRAPADAS, BUROCRÁTICAS E QUE NÃO DIZEM ABSOLUTAMENTE NADA!

OS CONSUMIDORES QUEREM QUE AS INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS - QUE GANHAM RIOS E RIOS DE DINHEIRO - TENHAM A HONESTIDADE DE VIR A PÚBLICO E DIZER QUE VÃO, SIM, REVER SEUS PROCESSOS; QUE VÃO, SIM, FISCALIZAR MELHOR SEUS FORNECEDORES E DISTRIBUIDORES; QUE NÃO VÃO GASTAR DINHEIRO COM PROPAGANDA ENGANOSA NEM VÃO FICAR NA DEFENSIVA, DIZENDO AS BOBAGENS DE SEMPRE!

NÃO QUEREMOS COCÔ EM NOSSAS MESAS.

NÃO QUEREMOS DESCULPAS.

QUEREMOS RESPEITO.

Então, é assim:

DENUNCIE, BOTE A BOCA NO TROMBONE, PUBLIQUE NAS REDES SOCIAIS, CHAME A IMPRENSA, MAS NÃO CAIA NA ARMADILHA DE LIGAR PARA O SAC DESSES EMPRESAS, QUE ELES VÃO ENROLAR VOCÊ, VÃO DIZER QUE TROCAM A MERCADORIA (IA DIZER A MERDA) E DEPENDENDO DO GRAU DE CARA DE PAU DE SEUS DEPARTAMENTOS DE MARKETING, ELES AINDA VÃO LHE OFERECER ALGUNS "PRESENTINHOS".

NÃO ACEITE: DENUNCIE, FALE COM SEUS AMIGOS, BOICOTE.

ESSAS SÃO AS ÚNICAS ARMAS DO CONSUMIDOR PARA SE FAZER RESPEITAR PELA INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS.

ELES GANHAM DINHEIRO À NOSSA CUSTA E NÃO PODEM NOS PREJUDICAR.