Os consumidores têm de ficar atentos para algo muito importante: prateleiras de mercados e supermercados!
Claro que há gente honesta no setor - e são maioria, espero!
Mas muitos negociantes não estão nem aí para o consumidor:
1. deixam comida com validade vencida nas prateleiras;
2. mudam datas de vencimento dos alimentos;
3. desligam à noite o sistema de refrigeração.
São práticas criminosas. Que põem em risco a saúde da população.
Fique atento!
Denuncie na Vigilância Sanitária de seu estado ou de sua cidade. Ou procure a POLÍCIA e faça BOLETIM DE OCORRÊNCIA!
NÃO COMPRE COMIDA COM DATA DE VALIDADE VENCIDA, COM SINAIS DE DETERIORAÇÃO OU COM SUSPEITA DE REFRIGERAÇÃO DEFICIENTE!
Brigue por seus direitos. NÃO ACEITE TROCA, NÃO ACEITE DESCULPAS, DENUNCIE! Pois é o único jeito de o CONSUMIDOR SER RESPEITADO.
Leia a reportagem abaixo, publicada hoje no jornal O ESTADO DE SÃO PAULO. O fato se refere à cidade de SÃO PAULO, mas pode estar e, possivelmente, esteja acontecendo em muitas e muitas outras cidade do Brasil.
CEM MERCADOS SÃO PEGOS POR ANO COM COMIDA IMPRÓPRIA
Se incluídos bares e restaurantes, polícia especializada já autuou 661 estabelecimentos em 3 anos; carne e queijo lideram irregularidades
(Camilla Haddad - do Jornal da Tarde, do grupo O Estado de São Paulo)
SÃO PAULO - Os alimentos expostos nas prateleiras dos supermercados podem virar uma armadilha para os clientes. Nos últimos três anos, 295 estabelecimentos foram flagrados pela polícia por vender comida imprópria para o consumo. Nem grandes redes escaparam das operações do Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania (DPPC), que iniciou suas atividades em 2009.
Queijo, carnes e frangos são recordistas em problemas
Entre as irregularidades encontradas nos mercados de São Paulo estão produtos com prazo de validade vencido, a troca de etiqueta antiga por uma nova e alimentos sem identificação de origem. Queijo, carnes e frangos são recordistas em problemas, principalmente por causa do mau armazenamento.
O delegado Fernando Schmidt de Paula, titular do Setor de Inteligência do DPPC, explica que as denúncias chegam por telefone e também pessoalmente. Há casos em que investigadores descobrem as falhas e levam o caso ao departamento. O DPPC flagrou 661 locais com irregularidades e, nesse total, incluem-se padarias, bares e restaurantes.
Crime. No fim do ano passado, uma equipe esteve em um mercado da zona leste e retirou das prateleiras 600 quilos de frango estragados e também uma máquina de fabricação de gelo suja, que usava água de um poço artesiano clandestino. O dono do local, um comerciante de 43 anos, foi preso e, segundo Schmidt de Paula, não teve direito à fiança.
Hoje, quem oferece alimento impróprio para o consumo responde pelo crime contra as relações de consumo, que não cabe fiança e prevê de 1 a 5 anos de prisão. Já houve, porém, pessoas detidas que foram soltas na mesma tarde, porque, segundo o delegado, um parágrafo da lei permite que o caso seja registrado como conduta dolosa (com intenção) ou culposa (sem intenção). Se a conduta do dono do estabelecimento é considerada culposa, ele pode ser liberado.
"Na maioria das vezes, interpretamos como culposo, pois entendemos como uma negligência do comerciante, que deveria agir para os produtos estarem bons", conta o delegado.
Segundo Schmidt de Paula, antes da criação do departamento especializado, as delegacias regionais faziam esse serviço.
Riscos. Quem se alimenta de produtos estragados ou armazenados de forma inadequada tem a saúde posta em perigo. Os efeitos são intoxicações que podem provocar dores abdominais e diarreias. É o que explica Juvêncio Furtado, professor da Faculdade de Medicina do ABC.
Segundo a Coordenadoria de Vigilância Sanitária (Covisa), periodicamente, estabelecimentos que comercializam alimentos, seja por meio de denúncias da população ou inspeção programada, são vistoriados. Denúncias podem ser feitas pelos telefones (11) 3338-0155 ou 181.
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