Uma dona de casa de São José dos Campos,
no interior de São Paulo, teve uma surpresa desagradável no último domingo (26).
Tainara Alves Santos Silva, de 18 anos, diz ter encontrado um rato morto dentro
do pacote de arroz que vinha consumindo há pelo menos duas semanas. O fato
virou caso de polícia.
Segundo ela, o pacote de arroz da marca
Namorado foi comprado no hipermercado Extra, na zona oeste da cidade, no último
dia 15 e imediatamente começou a ser consumido pela família. O produto venceria
em 2013. O fabricante disse que segue todas as normas e legislação pertinentes
a fabricação de alimentos.
Tainara,
que mora no Altos de Santana, zona norte da cidade, afirmou que o rato só foi
percebido no fim de semana porque o animal morto estava no fundo do pacote de
cinco quilos.
"Levei um susto quando vi.
Imediatamente fui até a polícia e liguei na empresa, eles apenas me pediram
para devolver o pacote, sem nenhuma outra justificativa ou instrução. O pior é
que meu filho de 6 meses comeu deste arroz", afirmou Tainara.
O caso foi registrado no 8º DP de São
José, no Jardim das Indústrias, e será investigado. O material foi recolhido
para perícia. De acordo com o chefe dos investigadores, Anderson Moreira, o
animal será examinado pela equipe da Vigilância Sanitária.
"A embalagem não será examinada
porque já estava aberta, então também pode ter sido mal armazenamento. Também
será feito uma vistoria no local onde o produto foi comprado, o supermercado, e
na fabricante do arroz", disse Moreira ao G1.
A jovem afirmou que pretende ingressar com
uma ação contra o estabelecimento que vendeu o produto e contra o fabricante.
"Eu sempre comprei desta marca, nunca imaginei que isso pudesse acontecer.
Estou abismada", declarou. Ela nega que o rato tenha adentrado o pacote em
sua residência, depois do pacote ter sido aberto.
Outro lado
A SLC Alimentos, fabricante do arroz Namorado, que tem sede em Porto Alegre (RS), informou que segue todas as normas e legislação pertinentes a fabricação de alimentos e nunca teve este problema anteriormente.
O hipermercado Extra informou que possui
rigorosos processos de controle de qualidade de seus produtos e fornecedores e
que não foi procurado pela cliente e desconhece a ocorrência, mas que vai
apurar o caso em conjunto com o fornecedor do produto.
Veja abaixo a íntegra da nota enviada pela
SLC Alimentos:
"A sra. Tainara manteve contato com
nosso SAC neste final de semana reclamando a presença de um roedor em um pacote
de arroz Namorado. Na segunda-feira, dia 27, tão logo iniciados os trabalhos da
semana o SAC procurou a sra. Tainara para se informar do fato e tomar as
providências necessárias.
A consumidora não concordou com o nosso
procedimento (recolher o produto para análise do caso) e apenas nos informou
que procuraria a policia e os meios de comunicação.
Ainda na segunda-feira, vista a gravidade
da denuncia e da nossa necessidade de dados para poder estudar e nos posicionar
em relação ao assunto, insistimos com a sra. Tainara que nos desse acesso ao
pacote. Negado novamente apenas nos informou o lote e data de fabricação do
produto.
Com o lote e a data de fabricação estamos
rastreando a produção do pacote e tentando identificar alguma anormalidade em
nosso processo neste dia. Até o momento nada foi encontrado.
Sem olhar o pacote, o roedor, entender a
circunstâncias em que tudo aconteceu, fica praticamente impossível ao nosso
pessoal técnico determinar o que pode ter acontecido, já que nossa empresa, que
tem mais de 12 anos no mercado, segue todas as normas e legislação pertinente a
fabricação de alimentos e nunca se deparou com tal problema.
Seguiremos argumentando com a consumidora
a necessidade de acesso ao pacote para que possamos progredir do campo das
suposições para o campo do realmente acontecido".
NOSSA AVALIAÇÃO:
- como sempre, desculpas e... só!
- as empresas de alimentação precisam parar de dar desculpas e melhorar seus processos de manipulação e envase de produtos;
- o consumidor deve SEMPRE fazer isso mesmo que dona de casa fez: RECLAMAR, ABRIR BOLETEM DE OCORRÊNCIA, NÃO ACEITAR AS DESCULPAS E, SE POSSÍVEL, PROCESSAR A EMPRESA;
SÓ ASSIM TEREMOS ALIMENTOS DE QUALIDADE EM NOSSAS MESAS.
NÃO PODEMOS ABAIXAR A CABEÇA DIANTE DA CARA DE PAU DAS EMPRESAS E INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO!